Como um corvo, ela voou. Ela estava escura por dentro.
"Voou por cima de toda a relva..." Porque as pessoas olhavam tanto para ela. As pessoas tinham uma mente muito limitada, julgava sem conhecer. Tinha nevado muito e como sempre ela só andava de cabeça baixa com o capuz baixo.
"A coisa maravilhosa voou". A neve começou a cair. Ela parou e começou observar. Observou as crianças jogando neve ou abrindo a boca para o auto..
"Qual será o gosto da neve?".
Ela carregava um livro. Tinha a capa vermelha... Estava lendo para si mesma.
"Os olhos brilhavam como pequenos diamante preto". A aldeia estava silenciosa agora... Ela queria saber qual era a cor do sangue na neve.
"O corvo. O Preto no Branco. Iria chover...". O Sangue pingou na neve. A cor mais linda do mundo, foi vista por aquela garota. Aparentemente solitária. No final das contas ela não se importava com as pessoas, não dava a mínima. Se a terra explodisse, como sempre não estaria ligando. Ela não quer saber. Ela é egoísta, só pensa em si. Mas isso só porque ninguém nunca foi capaz de chegar perto dela e dizer que se importa. Ninguém nunca chegou a fundo em seus sentimentos.
"Corvos não choram e nem se lamentam...". Ela prometeu que jamais amaria, disse que que já tinha visto estragos o suficiente, para se convencer de que o amor não vale apena.
Mas ela mudaria de ideia...
"Ele disse: - você carrega a morte."
Ela carregava uma coisa em para si. Uma coisa só sua e demais ninguém.
"O corvo jamais morrerá"... Ela sempre pensou diferente ou as pessoas que pensavam iguais?
Ela preferia achar que jamais seria extraordinária, mas ela era. Ela só não aceitava, porque tinha que carregar um fardo maior.
"E então, o corvo mudou de cor..." sem mais delongas, foi ali mesmo que ela ficou. Parada, cravada naquele mundo injusto que fora jogada as sombras...
"Branco como a neve, só conseguia ver o vermelho...". Todas as noites ela suplicava, "me tire desse mundo. Dê minha vida para alguém que realmente vá fazer bom uso dela." Só que não. Não tem coisa pior no mundo, do que querer morrer, e ainda continuar viva. A dor não passa. Jamais.
"O corvo, finalmente chegou ao seu destino... ao lado dela."
Mesmo que ficasse sozinha, nunca ficava realmente sozinha, ela tinha um amigo. Um amigo estranho e quieto. Como nunca fora de seu costume, ser dentro dos padrões, ela tinha um corvo. Não tinha nome, e não era exatamente dela. Mas todas as noites ele pousava ali, e ali ficava. Mas era só isso que ela precisava. Algumas Pessoas passavam por ali bem tarde da noite, e estranhavam... Um corvo na janela. E tinha que ser na janela da "estranha", ainda bem que eles só olhavam, porque ela sempre devolvia os olhares, palavras ou atos mal intencionados. Sempre.
"Com a morte não se brinca" ele sussurrou."... Ela não conversava muito com aquele corvo, mas passou muito tempo olhando para ele. Passou o suficiente, para que aquele corvo, se torna-se o primeiro a carregar seus mais temorosos segredos. Aquele corvo preto se tornou o melhor amigo dela. Amigos escutam, era o que o corvo vazia escutava.
"Ela disse ao corvo: eu não tenho medo da morte".
Ela adormeceu. O primeiro dia acabou.
Escrito por mim. Gabrielle.